As Araras híbridas nascem a partir do cruzamento de duas espécies diferentes de Araras; nesse caso trata-se do cruzamento da Arara canindé (Ara ararauna) e araras-vermelhas (Ara chloropterus)! Um dos fatores que possibilitaram esse cruzamento, é que, na escala evolutiva, as duas espécies são bem próximas.
A literatura indica que por serem estéreis não haveria sobrevivência de filhote de casais híbridos, porém, não é bem o que foi registrado. Em dezembro de 2010, na cidade de Campo Grande (MS), em um monitoramento, foi fotografado um filhote resultante do cruzamento de duas araras híbridas tentando dar o seu primeiro voo de um ninho. Esse foi o primeiro registro de nascimento de um cruzamento de Araras híbridas! Sabe-se que a hibridação é bastante comum em cativeiro sendo praticada a mais de 80 anos, na intenção de passar características desejadas de uma espécie para outra. No caso do cativeiro, o objetivo é apenas estético. Desta forma, alguns problemas oriundos do hibridismo que veremos a seguir não tem muita importância.
Apesar da beleza ao "misturar" cores das duas espécies (canindé e vermelhas), as Araras híbridas preocupam os veterinários e biólogos por não saberem muito sobre elas, ou seja, como elas interagem com as outras duas que não são híbridas, sua ecologia etc. e também porque um indivíduo híbrido, em última instância perde valor biológico (genética diferente dos pais). Um dos fatores mais preocupantes que se sabe, é que são reduzidas de fertilidade e de fecundidade podendo assim ter uma maior mortalidade de filhotes e juvenis.
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Redação: Joel Leal. Estagiário da Bioconservation e Monitor Ambiental do ICMBio.
Referência
GUEDES, NMR 2012. Araras da Cidade. In:Thiago Lopes Quevedo. Araras da cidade – Músicas do Mato. Gráfica e Editora Alvorada, Campo Grande-MS. 160p. ISBN 978-85-8178-032-2. p.45-140.
Oooótimo!
Gostaria de saber mais sobre as Araras Híbridas. Qual é a fonte da redação?
Ainda não tinha ouvido falar sobre essa espécie, que por sinal é muito bonita. A natureza está sempre em constante evolução e sempre nos surpreendendo positivamente. Texto muito interessante. Parabéns ao autor.
Muito interessante. Isso levantaria, talvez, a questão de se rever a classificação das duas espécies como sendo na verdade duas subespécies de uma mesma espécie...