Um estudo liderado por Christina Schroeder, do Instituto de Biociência Molecular da UQ, traz uma excelente notícia ao descobrir que Moléculas no veneno da caranguejeira (Haplopelma schmidti) podem ser usadas como uma alternativa aos analgésicos opióides ("semelhante ao ópio", para efeitos parecidos com o da morfina) para pessoas que buscam alívio da dor crônica.
Sua pesquisa trás uma luz para a atual crise de opióides em todo o mundo, pois significa alternativas urgentes à morfina e drogas semelhantes à morfina, como fentanil e oxicodona, são desesperadamente necessárias. Schroeder disse que "Embora os opióides sejam eficazes na produção de alívio da dor, eles trazem efeitos colaterais indesejados, como náusea, prisão de ventre e risco de dependência. A pesquisa descobriu que uma mini-proteína no veneno de uma caranguejeira, conhecida como Huwentoxin-IV, se liga aos receptores de dor no corpo. Ao usar uma abordagem tripla no projeto de drogas que incorpora a mini-proteína, seu receptor e a membrana circundante do veneno da aranha, alteramos essa mini-proteína, resultando em maior potência e especificidade para receptores específicos de dor garantindo que a quantidade certa de mini-proteína se prenda ao receptor e à membrana celular que circunda os receptores da dor. O processo foi testada em modelos de camundongos e demonstrou funcionar efetivamente. "As descobertas segundo Schroeder potencialmente podem levar a um método alternativo de tratamento da dor sem os efeitos colaterais e reduzir a dependência de muitos indivíduos dos opióides para o alívio da dor".
REFERÊNCIA
Akello J. Agwa, Poanna Tran, Alexander Mueller, Hue N. T. Tran, Jennifer R. Deuis, Mathilde R. Israel, Kirsten L. McMahon, David J. Craik, Irina Vetter, Christina I. Schroeder. Manipulation of a spider peptide toxin alters its affinity for lipid bilayers and potency and selectivity for voltage-gated sodium channel subtype 1.7. Journal of Biological Chemistry, 2020; 295 (15): 5067 DOI: 10.1074/jbc.RA119.012281