A orca (Orcinus orca), que não são baleias - vale a pena lembrar - e sim golfinhos, é a terceira espécie da Ordem Cetacea mais confinada em cativeiro. São conhecidos pela sua distribuição global, comportamento abrangente, inteligência e complexidade social. Recentemente tivemos o caso da orca Lolita que por mais de meio século foi mantida em confinamento e acabou morrendo no aquário do Miami Seaquarium.
Os dados científicos sobre como as orcas capturadas e mantidas em cativeiro se comportam, apontam uma ampla gama de comportamentos anormais e que infelizmente, muitas morrem em uma idade precoce por infecções e outras condições de saúde que incluem o impacto do stress crônico na fisiologia do animal. É importante ressaltar tudo isso é incomum quando estão em vida livre.
Um estudo de Marino e colaboradores (2020) afirma que as orcas são pobres candidatos para manutenção em cativeiro, sugerindo que é necessária uma mudança radical no seu tratamento para satisfazer as suas necessidades complexas e minimizar os efeitos nocivos do cativeiro.
Comentem a sua opinião sobre esse artigo. Será que mesmo tendo manutenções em cativeiro e mudanças radicais no tratamento das orcas, isso seria o suficiente para mantê-las bem em cativeiros? Sobre esse e outras questões de adequação ao cativeiro iremos discutir em nosso curso de Manejo e Monitoramento de Animais Silvestres: Técnicas de Manejo de Animais Silvestre. Faça logo sua inscrição! Não perca essa grande oportunidade! Vem com a gente!
Redação: Joel Leal. Estágiário da Bioconservation e Monitor Ambiental do ICMBio.
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Lori Marino, Naomi A. Rose, Ingrid N. Visser, Heather Rally, Hope Ferdowsian, Veronica Slootsky. The harmful effects of captivity and chronic stress on the well-being of orcas (Orcinus orca), Journal of Veterinary Behavior, Volume 35, 2020, Pages 69-82, ISSN 1558-7878, https://doi.org/10.1016/j.jveb.2019.05.005