O Burrachudo (Simullium sp.) é uma pequenina mosca hematófaga (que se alimenta de sangue) comum em locais húmidos. Esses insetos se tornam um problema quase intolerável para nós quando ocorre desequilíbrio na sua população. O desequilíbrio se dá devido ao desmatamento, despejo de lixo, dejetos humanos e animais mortos nos rios.
De hábitos diurnos ele precisa de água corrente para procriar e sobreviver. Nas fases de ovo, larva e pupa, precisa da presença de luz, matéria orgânica, água corrente, oxigênio e algum material para se fixar. A fêmea, no momento de pôr os ovos, procura um lugar com essas características. Ela deposita os ovos em folhas e capins próximos da água e pode colocar de 100 a 600 ovos por vez, dependendo da espécie.
Lembrando que somente a fêmea pica porque ela precisa de sangue quente para o processo de ovulação, vivendo em média de 45 a 50 dias. O macho se alimenta de néctar das flores e seiva das plantas.
Para aumentar o controle populacional de borrachudos é necessário a recuperação da mata ciliar – aquela que fica nas margens de rios e córregos – faz com que haja mais sombra nessas áreas, o que dificulta a entrada da luz diminuindo a temperatura do ambiente. A mata ciliar também serve como abrigo para os predadores do borrachudo como peixes, anfíbios, répteis e aves. Além de forma uma barreira que evita o deslocamento do inseto para fora das matas.
A conscientização e preservação ambiental, principalmente na manutenção da mata ciliar é um dos caminhos mais eficientes para combater o desequilíbrio na população do inseto.
Vamos juntos nesse combate?
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Redação: Joel Leal. Estagiário da Bioconservation e Monitor Ambiental do ICMBio.
Fonte: https://www.epagri.sc.gov.br/index.php/2021/06/23/como-controlar-o-borrachudo-confira-as-dicas-da-epagri/