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Abaixo de suas escamas, os dragões de Komodo (Varanus komodoensis) possuem uma armadura feita de pequenos ossos que cobrem os dragões da cabeça à cauda similar a uma "cota de malha". Mas qual seria a função desta "armadura"?


Jessica Maisano, cientista da UT Jackson School of Geosciences, liderou a pesquisa, que foi publicada em 10 de setembro na revista The Anatomical Record. Após digitalizar espécimes de dragões de Komodo com tomografia computadorizada (TC) de Alta Resolução, pesquisadores da Universidade do Texas em Austin sugeriram que a utilidade desta suposta armadura possui função de proteção contra outros dragões de Komodo uma vez que eles são os predadores dominantes em seu habitat.

Os cientistas chegaram a essa conclusão após reconstruir digitalmente os esqueletos de dois espécimes de dragões falecidos - um adulto e um bebê. O adulto tinha a armadura já formada, mas estava completamente ausente no bebê. Isso sugere que as placas ósseas não aparecem até a idade adulta. Contra única coisa de que os dragões adultos precisam de proteção são contra outros dragões. Os encontros antagônicos só ocorrem quando os dragões são grandes o suficiente. Antes disso, os jovens dragões passam bastante tempo seguros nas árvores. "

Muitos grupos de lagartos têm ossos embutidos na pele chamados osteodermos. Os cientistas conhecem os osteodermos nos dragões de Komodo desde pelo menos a década de 1920, quando o naturalista William D. Burden observou sua presença como um impedimento à produção em massa de couro de dragão. Mas como a pele é o primeiro órgão removido ao fazer um esqueleto, os cientistas não têm muita informação sobre como são modelados ou organizados dentro da pele.


As tomografias revelaram que os osteodermes no dragão Komodo adulto eram únicos entre os lagartos, tanto em diversidade de formas quanto em cobertura completa. Enquanto as cabeças de outros lagartos examinados pelos pesquisadores para comparação geralmente tinham uma ou duas formas de osteodermes e, às vezes, grandes áreas livres delas, o Komodo tinha quatro formas distintas e uma cabeça quase inteiramente envolta em armadura. As únicas áreas que careciam de osteodérmicos na cabeça do dragão Komodo adulto eram ao redor dos olhos, narinas, margens da boca e olho pineal (órgão sensorial no topo da cabeça).

Os pesquisadores sugeriram ainda que pode ainda estar relacionado a idade do espécime uma vez que o dragão adulto que os pesquisadores examinaram estava entre os mais antigos dragões de Komodo conhecidos que viviam em cativeiro. À medida que os lagartos envelhecem, seus ossos podem continuar ossificando, adicionando mais e mais camadas de material até a morte.

Jessica A. Maisano, Travis J. Laduc, Christopher J. Bell, Diane Barber. The Cephalic Osteoderms of Varanus komodoensis as Revealed by High‐Resolution X‐Ray Computed Tomography. The Anatomical Record, 2019; 302 (10): 1675 DOI: 10.1002/ar.24197

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Atualizado: 22 de abr.


Apenas três famílias de carnívoros viventes são ditas Predadores Terrestres de Topo da Cadeia Alimentar. Você saberia dizer quais? É sobre esse assunto que discutiremos neste post.


Predadores de uma forma geral, desempenham um papel fundamental no controle de espécies presas num ecossistema. Resumindo, sem os predadores, as espécies de animais aos quais eles se alimentam cresceriam em números de indivíduos praticamente sem controle no ambiente. Mas o que faz um animal ser considerado um predador de topo de cadeia?


São considerados predadores de topo quando os mesmos podem ser chamados de superpredadores, ou seja, não possuem predadores durante a sua vida adulta. Desta forma, se um predador de topo chegar a vida adulta, ele, o superpredador, não corre o risco de ser morto por outro predador. Um superpredador pode até ser predador de outros predadores "menores", os chamados mesopredadores. Sendo assim, fica bastante distinta a diferença entre um predador e um predador de topo de cadeia alimentar.


Porém, o que poucos sabem é que dentre as 14 Famílias viventes que pertencem a Ordem Carnivora, apenas três possuem representantes legítimos aos quais podemos chamar de Predadores de topo de Cadeia Alimentar. A Ordem Carnivora é formada por animais que, em maior ou menor grau são predadores. É importante destacar que, mesmo alguns animais como o jupará (Potos flavus) ou o urso-panda (Ailuropoda melanoleuca), ambos pertencentes a Ordem Carnivora, apesar de mudarem drasticamente sua dieta, deixando de lado o hábito do consumo de carne, ambos possuem as "ferramentas" necessárias para a predação de outros animais se assim desejarem; entende-se aqui a capacidade de abater uma presa, como também de a consumir. Dito tudo isto, voltemos então ao assunto central deste post; as três famílias da Ordem Carnivora que possuem representantes que podemos chamar de Predadores terrestres de topo de Cadeia Alimentar são: Felidae, Canidae e Hyaenidae.


Surpreso? Você deve estar se perguntando, e os ursos (Família Ursidae) ? A lista os exclui porque embora os ursos possam ser grandes predadores em determinadas situações, são altamente onívoros, ou seja, raramente a carne é o principal componente de sua dieta ao longo do ano; com exceção do urso-polar (Ursus maritimus). Sendo assim, o consumo de carne como o principal item da dieta durante o ano é o que determina tal denominação.


Porém, mesmo nas Famílias Canidae e Hyaenidae também ocorrem exceções. Por exemplo, na Família Canidae, algumas espécies são bastante onívoras e caso o consumo de carne não seja o principal item durante o ano, entram na mesma regra que excluiu a Família Ursidae da lista. Quer saber mais?


O assunto ainda será visto em mais detalhes e melhor aprofundado em nosso curso presencial sobre Canídeos Silvestres que ocorrerá em 05/10/19. Por isso, convidamos que se inscreva e venha com a gente aprender mais. Ainda há vagas, segue o link para você: https://www.bioconservation.eco.br/biologia-canideo


Dogs: Their Fossil Relatives and Evolutionary History. Xiaoming Wang, Richard Tedford, Mauricio Antón.

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Atualizado: 22 de abr.


O inglês Carl Hagenbeck (1844—1913) foi pioneiro em um tipo de Enriquecimento Ambiental que hoje chamamos de Enfoque Naturalístico. Afinal do que se trata?


Em 1912, um ano antes de seu falecimento, ele divulga o que é considerado por muitos um dos primeiros relatos de Enriquecimento Ambiental. Porém, a grande novidade nesta notícia estava num fato bastante peculiar. Trata-se de um Enriquecimento Ambiental onde o objetivo seria deixar os recintos dos animais o mais "natural" ou semelhante ao ambiente natural do animal que ali viesse a ficar.


Hagenbeck utilizava para isso a ornamentação dos recintos sempre que possível com plantas encontradas no habitat do animal. Hagenbeck Em uma época em que o zoológico era a única alternativa que a maioria das pessoas tinham de conhecer animais silvestres, de que forma o pioneirismo de Hagenbeck contribuiu para manejo com animais Silvestres?


Quer saber como? Se inscreve em nosso curso presencial Técnicas de Manejo de Animais Silvestres que ocorrerá em 28/09/19!


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