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George Washington Carver foi botânico, inventor, cientista e agrônomo americano que se destacou principalmente por suas contribuições à agricultura e pela promoção da sustentabilidade no cultivo de alimentos. Nascido em 1864, em uma época marcada pela escravidão nos Estados Unidos, Carver enfrentou inúmeros desafios para acessar educação e oportunidades. Apesar disso, ele se tornou um dos cientistas mais respeitados de sua época, dedicando sua vida ao estudo e à aplicação prática da ciência em prol da melhoria das condições de vida das comunidades rurais, especialmente agricultores afro-americanos no sul dos EUA.



Uma de suas maiores contribuições foi a promoção do uso de culturas alternativas, como amendoim, batata-doce e soja, em substituição ao algodão. Essas culturas não apenas enriqueceram o solo desgastado pela monocultura, mas também diversificaram as opções de sustento para os agricultores. Carver desenvolveu mais de 300 produtos derivados do amendoim, incluindo óleos, tintas e cosméticos, além de criar mais de 100 produtos à base de batata-doce. Ele acreditava que a ciência deveria ser acessível e prática, oferecendo soluções para problemas reais e ajudando comunidades carentes a prosperar.


Mais do que um cientista brilhante, George Washington Carver foi um visionário humanitário. Ele rejeitou a busca por riqueza pessoal, dedicando sua vida à educação e à melhoria das condições de vida dos mais vulneráveis. Trabalhando no Instituto Tuskegee, inspirou gerações de estudantes e agricultores a valorizar a ciência como ferramenta para transformação da realidade na época. Seu legado transcende as fronteiras da agricultura, simbolizando a capacidade da inovação científica de promover a sustentabilidade.


Gostaram? Curtam e comentem a sua opinião sobre esse grande cientista.

Um forte abraço e até a próxima!



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Hoje vamos falar sobre uma espécie invasora que tomou conta de grande parte do sul e sudeste do nosso Brasil. Os Saguis (Callithrix penicillata e Callithrix jacchus), espécies nativas do Nordeste, originária de áreas de Cerrado e Caatinga! A introdução de animais exóticos em ambientes distintos da sua área de ocorrência natural é considerada a segunda principal causa de perda da biodiversidade. Os Saguis citados, apresentam uma alta capacidade de adaptação e normalmente não possuem predadores ou parasitos no ecossistema urbano ocupado, podendo se incorporar como consumidores de topo de cadeia.


Como todo esse potencial, algumas das  espécies nativas como o sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita) encontra-se ameaçada de extinção pela competição com os invasores pelos mesmos recursos.


Visando o controle populacional dessas espécies invasoras, estudos foram feitos, e chegaram ao método de esterilização por laqueadura tubária utilizando clipes de titânio em fêmeas adultas. Algum tempo após os procedimentos cirúrgicos duas fêmeas foram capturadas e avaliadas clinicamente mostrando-se saudáveis, sem dor, sem secreção e com bom aspecto da ferida cirúrgica!

 

Gostaram do nosso tema de hoje? Curtam e comentem a sua opinião sobre esse artigo. Deixem nos comentários um tema que vocês gostariam de ver aqui no nosso blog da Bioconservation!

 

Um forte abraço e até a próxima!

 

Texto: Joel dos Santos Leal (estagiário da Bioconservation)


Referência: UTILIZAÇÃO DE CLIPES DE TITÂNIO EM LAQUEADURA TUBÁRIA EM SAGUIS (Callithrix spp.) Gabriela de Lima Barbosa


Tema: Espécies Invasoras

 Animal: Sagui de tudo preto (Callithrix penicillata) Sagui de tufo branco (Callithrix jacchus)

 


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A reportagem "Escorpiões se tornam a maior ameaça peçonhenta do Brasil, com mais de 500 picadas por dia", de Anna Gabriela Costa, destaca a crescente ameaça representada pelo escorpião-amarelo (Tityus serrulatus) no Brasil. De acordo com o texto, a urbanização descontrolada e o aquecimento global têm impulsionado a proliferação desse aracnídeo, agora responsável pelo maior número de acidentes fatais entre animais peçonhentos no país. Em 2023, mais de 200.000 casos de picadas de escorpião foram registrados, uma média de quase 550 incidentes diários, colocando uma pressão significativa sobre o sistema de saúde pública.


O escorpião amarelo, espécie dominante no sudeste e centro-oeste do Brasil, se destaca por seu alto grau de periculosidade. Este aracnídeo é conhecido não apenas por seu veneno poderoso, mas também por sua capacidade de reprodução assexuada, o que agrava o problema de controle populacional. Essa forma de reprodução, chamada partenogênese, permite que as fêmeas gerem descendentes sem a necessidade de um parceiro, facilitando sua disseminação rápida e eficaz em ambientes urbanos (Costa, 2024).



Outro fator que contribui para o aumento da população de escorpiões é a adaptação às

condições ambientais geradas pelas mudanças climáticas. Segundo Thiago Chiariello, coordenador do laboratório de antídoto do Instituto Butantan, “o aquecimento do habitat aumenta o metabolismo dos escorpiões, tornando-os mais ativos e aumentando sua taxa de reprodução” (Costa, 2024). Além disso, a expansão das áreas urbanas reduz a presença de predadores naturais e aumenta a disponibilidade de alimentos, como baratas, que compõem a dieta desses animais. Isso cria um cenário ideal para o crescimento populacional dos escorpiões nas cidades brasileiras.


Em 2022, as picadas de escorpião foram responsáveis por 152 mortes, superando os óbitos causados por picadas de cobras, que registraram 140 casos no mesmo ano. Essa estatística representa uma mudança significativa, uma vez que, em 2019, as picadas de escorpião resultaram em 95 mortes, mostrando um aumento expressivo nos últimos anos. Esse crescimento é atribuído, em grande parte, ao rápido aumento da população de escorpiões e à falta de medidas eficazes de controle, exacerbada pela reprodução assexuada do escorpião amarelo (Costa, 2024).


Para conter os efeitos das picadas, o antiveneno é essencial no tratamento de casos graves. No Instituto Butantan, o soro antiescorpiônico é produzido a partir da extração de veneno de escorpiões vivos, que é injetado em cavalos para estimular a produção de anticorpos. Esses anticorpos são então purificados para a criação do soro, que representa a única forma eficaz de tratamento para vítimas em estado crítico. Paulo Goldoni, biólogo do Instituto, afirma que o soro “é a única maneira de salvar vidas” em casos graves, especialmente para crianças e idosos, que têm maior risco de desenvolver sintomas severos, como choque anafilático, edema pulmonar e falência cardíaca (Costa, 2024).


A reportagem de Costa destaca um cenário alarmante para a saúde pública brasileira, evidenciando a importância de iniciativas de controle populacional do escorpião amarelo, além do acesso adequado ao soro antiescorpiônico. A crescente urbanização e as mudanças climáticas são fatores que não apenas favorecem a proliferação dos escorpiões, mas também apresentam novos desafios para o manejo de espécies peçonhentas no Brasil, exigindo maior atenção das autoridades sanitárias e políticas públicas voltadas à mitigação dos riscos associados a esses animais.


Lembrando que teremos em janeiro nosso curso sobre Aracnídeos e insetos peçonhentos do Brasil


ameaca-peconhenta-do-brasil-com-mais-de-500-picadas-por-

dia,f4a1570e5cf49824422f660748a6bc33lrykvfoj.html


Texto: Douglas Siqueira da Costa - estagiário da Bioconservation

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